Às mulheres





              Determinadas socialmente; produto de crenças e criações humanas; Moldadas para um feminino de limitações; Castradas no íntimo da subjetividade dos desejos transitórios da formação humana. Ordenadas a serem donas de casa, mãe, esposa compreensiva e dócil, prontas para servir. Culpadas pelas ações dos maridos e filhos, pelos abusos e piadas, por suas roupas e palavras proibidas de liberdade. Uma propriedade, um objeto... Por vezes admiradas e em outras humilhadas e silenciadas... Uma condição percebida, naturalizada de ser mulher!

Neste contexto faz-se necessário pensarmos e refletirmos:  Qual a posição da Mulher na sociedade? Que espaços estão sendo determinados por ela? Qual a construção, de fato, do que é ser MULHER? Citando Simone Beauvoir, “não nascemos mulher, nos tornamos mulher”, uma construção imposta pela sociedade patriarcal a qual estamos alocados. É preciso romper com as determinações sobre tornar-se mulher e apresentar novas possibilidades de construção do feminino. Ocupar espaços públicos e privados com a mesma intensidade, afirmar-se como sujeitos de direitos e de políticas, fugir às disciplinas dos corpos, pensamentos e falas. Constituir redes solidárias de mulheres, mulheres plurais e não universalizadas. Ser denúncia/anúncio da diversidade e da desigualdade que emerge nas relações sociais.

 Enfim, tornar-se mulher é viver a luta por espaço, afirmação e direitos!


Liliane Rosado
Graduada em História pela URCA. Especialista em ensino de História.


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